A falta de rumo do São Paulo de Rogério Ceni

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Um time próximo da zona de rebaixamento, com falta de criatividade e que, mesmo quando está com a bola, tem apenas o cruzamento para a área como fundamento. Assim é o São Paulo do Campeonato Brasileiro que completou quatro rodadas sem vitória, ontem, ao perder para o Atlético Paranaense por 1 a 0. A pressão só não é insustentável porque no banco de reservas está o maior ídolo do clube. Fosse outro que tivesse uma campanha ruim como a de Rogério Ceni, que tivesse sido eliminado do Paulista, Sul-americana e Copa do Brasil, a paciência, provavelmente, já teria acabado.

Não quero aqui discutir a parte tática do clube, nem se Rogério está pronto para dirigir o elenco, mas, sim, o planejamento. O mês de junho se encaminha para o fim e Ceni continua tentando achar um caminho que o leve a melhores resultados no segundo semestre. Daquela equipe que fazia muitos gol, no começo da temporada, nada sobrou. Time titular? Ninguém sabe.

Hoje mesmo foram anunciados quatro reforços. Se o BID ajudar, podem estrear na próxima rodada. Recentemente, Maiconsuel se apresentou e no dia seguinte estava em campo. Aquela história de adaptar o reforço ao novo clube, trabalhá-lo físico e taticamente antes da estreia, não houve. Ainda em Curitiba, o adolescente Brenner, de apenas 17 anos, foi mais um exemplo da procura sem fim.

A idade seria o de menos não fosse o histórico dentro do elenco principal. Fez apenas dois treinos, foi convocado e, levado à campo, passou a ser o segundo jogador nascido no ano 2000 a estrear por um time na Série A. Supõe-se que estamos diante de um novo Fenômeno, um Ronadinho, Neymar? Não sabemos. Mais do que a qualidade técnica do jovem, ficou claro a necessidade de o treinador são-paulino encontrar alguém que resolva seus problemas. Até agora, seis meses depois do começo do trabalho, isso não aconteceu.