Ganso é mais um falso brilhante?

ctsui4qwiaamgwb

Paulo Henrique Ganso sequer foi relacionado para disputar as oitavas de final da Champions pelo Sevilha. O jogo contra o Leicester, amanhã, será o sétimo seguido em que ele nem vai para o banco de reservas. O técnico Jorge Sampaoli disse na coletiva de hoje que “quando ele decidir e estiver nos contagiando sobre o que pode dar e o que a equipe necessita, será impossível não ver Ganso entre os relacionados”.

O afastamento de Ganso vem se perpetuando desde 12 de janeiro. Claramente ele não rende o que o treinador esperava, muito menos a Imprensa. De lá e, especialmente, de cá. Sempre foi visto como um futuro craque que nunca conseguiu ter uma temporada regular em seis anos de profissionalismo. Viveu de belíssimos lampejos que davam aos jornalistas e treinadores a impressão de que se firmaria como grande meia.

Paulo Henrique sempre viveu a ilusão de jogar na elite do futebol da Europa. Por isso, brigou no Santos e depois deixou o São Paulo. Quando veio o convite do Sevilha, voou sem pensar. E aparentemente, trabalhar com Sampaoli parecia mesmo ser uma ótima opção para finalmente decolar na profissão e se impor como nome certo na Seleção. Não funcionou.

Isso me levou a pensar no comentário de Seedorf, ainda jogador do Botafogo, quando surpreendeu a todos no “Bem, amigos”, dizendo que Ganso, embora fosse tecnicamente muito bom jogador, não jogaria na Europa. “Ele é um jogador com um talento diferente, mas precisa ser mais intenso nas jogadas. O Ganso para a bola, joga, para a bola. Assim vai ser complicado”, afirmou na ocasião.

O tempo mostrou que ele estava certo. E isso vale de alerta para quem ainda avalia nossos jogadores pelo nível do futebol brasileiro. Jogar aqui é uma coisa, nos cinco maiores campeonatos europeus é outra. E se queremos melhorar o futebol nacional, devemos também melhorar nossos conceitos, avaliações e parâmetros.

Deixe um comentário